19/09/14

rescaldando

Se há uma semana atrás me tivessem dito que ao fim de quatro dias aqui eu ia: ter mais 30 e tal contactos no telemóvel; partcipar numa cerimónia praxística; andar a criar grupos no facebook para tentar criar um sketch que inclui a família Malhoa, unicórnios e uma minhoca embriagada num spa; ser candidata a caloira duma tuna; participar numa conversa com um escritor; conhecer a história e grande parte do edifício da minha faculdade; dar o meu nome para colaborar com a AE; fazer parte de um grupo de pessoas fantásticas; ter uma segunda casa onde me sinto bem; e ainda encontrar pessoas com quem me identifico... eu provavelmente ria-me ou chamava mentiroso à pessoa.
E não é que isso tudo aconteceu mesmo? 

Estou feliz.

16/09/14

1ª dia na FLUP

Então… pois é, pois é. Aqui estou eu, uma recém-chegada ao ensino superior, finalmente uma universitária! Caloira, está claro, mas dizer que sou universitária soa tão bem, tão certo. Acho que posso dizer que sinto que aqui é o meu lugar, onde é suposto eu estar. Já tenho um gang e tudo! Tenho uma colega de apartamento italiana (e quem me conhece sabe que isto me deixa toda contente) e duas Joanas. Tenho uma vizinha da frente que está na minha turma… estou bem encaminhada. Vamos ver se consigo manter a atitude positiva e “socialona”. Hoje/ontem fui à praxe, às 8h (foi um sacrifício tremendo levantar-me) e até não foi mau, não foi nada de agressivo, abusivo ou whatever mas não sei se é para mim… Amanhã/hoje vou dar uma segunda oportunidade à praxe, mas só vou de tarde… se não me identificar salto fora. Ouvir pessoas a gritar connosco enquanto fixamos os olhos no chão tem muito pouco de divertido… Enfim, o balanço é muito positivo. Estou feliz, confiante na escolha do curso que fiz e tentada a juntar-me à tuna com as minhas “coleguinhas” , como dizem as Sras Doutoras.

10/09/14

a caminho da "nobrecidade"

Há uma nobre cidade que dá pelo nome de Porto, que é linda e em breve será um pouco minha...
E há a "nobrecidade" (como o mano disse em tempos) do Porto onde eu estou prestes a começar uma nova etapa da minha vida. Mais especificamente, amanhã. Lá vou eu, para as filas que já me disseram ser intermináveis, matricular-me em LRI, a minha escolha cheia de dúvidas e incertezas que a cada passo se torna ligeiramente mais firme. O que é que eu vou ser quando for grande? Ainda não sei ao certo, mas enquanto descubro, quero aprender, experimentar e viver tudo quanto puder... e não consigo imaginar melhor sítio para o fazer que o "meu" Porto?

Na nobre cidade, UJr'12

05/09/14

the perks of being the "big" sister

Last Sunday, me and my family were at the Zoo de Lisboa and suddenly my brother said his tooth had felt. His first tooth! It was so strange!!! If feels like just one of these days (it was actually in 2009) I was talking to my mom about how weird he would like when he had teeth and he already lost one! Can you believe it?

Oh, well, let's skip the nostalgic part. He was really happy and feeling very "grown-up"! All day long, he kept showing his "toothless smile" when we took pictures and it was obvious how excited he was about getting something from the tooth fairy. So, I said I was going to the bathroom and instead I went to the souvenir shop and I bought him a green (his favorite colour) t-shirt from the zoo and hide it in my backpack. 


When bedtime arrived, he put his tooth on a little bag and started wondering what the fairy would bring him or if she would come at all and asking all sort of questions about her. I had to tell him that she's friends with Santa to justify where the gifts came from... but it makes sense, right? I waited for him to fall asleep and stood up for 2 hours after to be sure he wouldn't wake up. I slyly got up, grabbed the bag, hide it in my suitcase, got the package where the shirt was and placed it under his pillow.
*me sleeping and my little angels pretending they are too*
 (it's an old photo but it made sense here)
In the next morning, I woke up at 7 am with an happy little boy shaking a wrap: "The Tooth Fairy came last night!!! First I thought she had just taken my teeth and I was happy already but then I heard noise and look, I got a present!!!" Wanna know something really sweet? He hadn't opened the package, he woke me up first! Do you even know how hard it must have been for him not to unwrap it right away? It meant the world to me that we wanted me to see it at the same time as him! How can a 5yrs-old be so damn cute?! 

And that's it, the story of how I became Tooth Fairy for one night and ended up getting the biggest reward. I love you baby (I know you hate it) boy! 

♥

over and over again

What's the point in thinking/saying/writing what I accomplish to do if I never follow through with anything? Bah, I hate being this kind of person who keeps making the same mistakes. Who keeps writing the same thing, Who keeps dreaming about things and never does anything to make them happen. It's so freaking annoying! Will I ever change? I seriously hope so 'cause I'm sick and tired of who I am right now.

09/08/14

objetivos para 2014


definidos em Agosto de 2014, isto é, quando 2/3 do ano já passaram (eu também vejo a ironia)


  1. responder o mais rapidamente possível a todas as sms, mails, cartas e mensagens no facebook.
  2. tentar não ignorar as notificações do facebook/twitter porque houve pessoas que se deram ao trabalho de interagir comigo e é simplesmente estúpido não lhes ligar nenhuma
  3. tirar mais fotos
  4. escrever no mínimo 1x por semana no blog
  5. ler as Memórias do Oratório
  6. acabar o Memorial do Convento
  7. não me esquecer de mais aniversários importantes
  8. mostrar às pessoas de quem gosto que gosto delas
  9. escrever uma história com o mano
  10. tirar a carta antes de entrar na faculdade
  11. não deixar nada por dizer
  12. não deixar nada por fazer
  13. ajudar mais em casa
  14. fazer uma boa ação por dia
  15. tirar as minhas ideias do papel 
  16. manter o quarto minimamente arrumado
  17. não perder o contacto com pessoas de quem gosto
  18. tornar-me mais próxima da minha família alargada
  19. esclarecer dúvidas de fé
  20. fazer voluntariado regularmente
  21. ler pelo menos mais 10 livros por lazer
  22. ver 10 filmes que toda a gente conhece menos eu
  23. imprimir fotos especiais
  24. ir buscar as fotos do jantar de gala
  25. continuar a definir objetivos
  26. não me isolar tanto
  27. cumprir estes objetivos

Alone

Everybody needs someone to cling to.

Everybody needs someone to call their own.
No one wants a love that you can see through.
No one wants to spend their whole life alone.
Someday I know he will surely find me.
Someday I will have a love to call my own.
Then I'll have someone to lay beside me.
Then I'll never have to spend my nights alone.


Alone, isn't where I want to be. 
I've got so much to give. We're not supposed to live alone. 
Alone, isn't how I think of me. I'm counting down the days til I can put that word away.

 The world is full of people who are searching and every heart is trying to find a home. 

Just like everything I think that I'm deserving of a love that takes away the word alone. 

And I'm waiting in line, and I'll wait like a bird on a wire. And I wonder if that day will ever come: when love walks in to finally take me higher. Then I'll know my search for love is done.

Politicamente correta

Prometi a mim mesma que ia escrever e que não ia passar de hoje. Já há uns tempos que penso que tenho de escrever mas cada vez que começo a pensar "E escrevo o quê? Isto não, é muito parolo. Aquilo não, parece mal." perco a vontade toda.
E isto acontece-me com tudo.
Tenho uma tendência ridícula para adiar fazer as coisas pelas razões mais idióticas. Ou porque já é tarde, ou é má altura, ou não fica bem, ou não me apetece agora, ou vão achar-me estranha... Normalmente é por eu pensar que eu fazer seja o que for não vale a pena, que não vai ser bom o suficiente por isso é melhor deixar para amanhã (que muitas vezes não chega) ou "para a próxima".
A história repete-se no que toca a falar... se há alturas em que sou uma máquina de palavras imparável, também não faltam as que em que deixo coisas por dizer. Tantas alturas em que o que me apeteceu dizer não me pareceu digno de ser dito em voz alta (ou qualquer uma das razões acima).
Junte-se a isto uma estranha necessidade de ser politicamente correta que se impõe nos meus dias "comuns" e temos uma receita perfeita para ser a rapariga que quando se acaba a "boa vida" volta para a terrinha e resigna-se à sua triste insignificância.
Ironicamente, as pessoas que conheço fora daquilo a que eu chamo a vida real, a malta das semanas, do mjs e afins, escrevem-me nas dedicatórias que eu praticamente as obrigo a escrever coisas como "admiro-te por estares sempre a sorrir", "adoro a tua alegria, consegues animar sempre toda a gente". 
Então afinal o que se passa comigo? Porque é que eu passo 3/4 do tempo a ser a menina politicamente correta que acaba sempre sozinha em vez de ser a que está sempre pronta para a festa e de quem as pessoas parecem gostar?
Não sei, não sei mesmo. Mas sei que estou prestes a iniciar uma nova fase e não quero continuar com aquela sensação de "devia ter feito isto" ou "porque é que não disse aquilo". Quero deixar de pensar tanto nas coisas simples, fazer/dizer e pronto. Não pode ser assim tão dificíl.

16/06/14

só porque sim

E porque acabei de reparar que só escrevi três vezes em 2014 (shame on me!) vou escrevinhar qualquer coisinha...
Então, deixa cá ver. Olha, acabei o secundário! Pois é!
Ainda me lembro de quando, ao chegar da escola primária, me sentava no sofá a ver os Morangos com Açúcar - eles faziam aquelas cenas todas badass e bastava esbarrar com alguém e deixar cair os livros para encontrar o amor da tua vida - e pensava "wow, o 12º ano deve ser a coisa mais fixe de sempre" (ou uma coisa parecida, foi há 10 anos atrás, ok?).
Bem, não fiz motocross nem me apaixonei perdidamente, mas sou ganda festivaleira - já fui a dois festivais, oh yeah - e à conta da Forum, do MJS e afins, devo ter conhecido aí umas 400 pessoas de todo o país nos últimos três anos... Nada mau, hein?
Para ser sincera, é estranho. Passei anos a desejar que chegasse a altura de ir para a universidade, e agora que começava a achar graça ao secundário dizem-me que está na hora de ir para outro lugar.
Um lugar cheio de incertezas: será que vou escolher o curso certo? será que me vou integrar? vou finalmente encontrar um grupo de amigos? como é que eu vou sobreviver sem a comida da minha mãe? sem o meu pai a mandar-me comer fruta de uma forma estranhamente carinhosa? sem ouvir a MiClaire balbuciar qualquer coisa parecida com "mana"? sem o piolho mais chato e mais adorável do mundo a pedir-me miminhos para adormecer?

Tantas perguntas por responder... mas vou deixar isso para Setembro. Por enquanto, vou convivendo com o Português e a História e aguardo ansiosamente o dia 26 (guess who's going to London??!!!!!) e as aventuras do Verão.

Os efeitos secundários dos exames

Além de cansaço, dores de ombros, braços e afins, estudar para os exames também me dá para divagar.
É que isto de andar há uma semana a conviver com Camões, Pessoa (mais os amigos todos) e Saramago tem muito que se lhe diga... surpreendentemente (dado o entorpecimento que me invade todas as manhãs) estou a gostar. Até gostava de não ter de os estudar de rajada e ter tempo para compreender melhor cada um, é verdade que tinham a sua pancada mas ninguém pode dizer que aqueles senhores não sabiam o que diziam.

Hoje, ao ver todo o nacionalismo facebookiano em redor da Selecção, pensei "Bem, não devia ser bem isto que o Fernando Pessoa imaginava que a força anímica da Pátria criasse, mas aposto que ele ia ficar contente de ver tanto patriotismo!". (Pois, também acho que não estou a bater muito bem...)
O senão é que como não correu bem, já não há orgulho nacional para ninguém. O único sentimento colectivo que resta ao povo português é o "vamos todos encher aqueles jogadores incompetentes de nomes" e postar em todas as redes sociais sobre como é vergonhoso ser português, viva!
Sabem que mais? Já estou como o meu compincha Pessoa, vêm daí D.Sebastião e põe esta gente com dono que isto para continuar assim mais valia sermos espanhóis!

17/05/14

Dia MJS 2014



6 anos depois do meu primeiro dia MJS, continuo a voltar de lá com o mesmo sorriso apatetado, com a sensação de ter feito parte de algo grandioso, com a mesma vontade de fazer com que tosos os dias sejam assim, indescrítivelmente felizes. 
Obrigada a todos os que tornaram este fim-de-semana tão especial e aos meus pais que me permitiram vivê-lo.
Obrigada, Pe Àngel, pelas suas palavras encorajadoras.
Obrigada, Madre Yvone, pelo seu sorriso e pelo abraço caloroso. 
Obrigada, D.Bosco. por todas as pessoas que colocaste na minha vida, por teres tornado a minha vida tão feliz.

14/04/14

Brisa Student Drive Camp



Brisa Student Drive Camp... mais uma oportunidade que a FORUM ESTUDANTE me deu de não só viver experiências inesquecíveis, visitar lugares diferentes e ganhar conhecimentos, mas também de conhecer todas estas pessoas fantásticas que vêm na foto! Olhem para nós tão lindos e coloridos ! Não se esqueçam "Polegá pra frentxi" ahaha A partilha, os jogos, as conversas, as piadas (mais ou menos secas), a música, o convívio... Obrigada por uma grande semana pessoal! heart emoticon

04/03/14

Letters

Today I sat down at my desk and wrote letters to my friends. Better saying, I finally replied the letters they had sent me. And you know what?
Though I was born in the 21st century and both me and them have phones and internet, it just felt right. Like something I was supposed to do, that I needed to do.
It made me happy.

I really must be an old soul or something.

05/01/14

my story.

Once upon a time, there was a girl, who spent her life thinking that something was wrong with her.
It had to be, otherwise why would she be the little girl who had to play on the school yard by herself? The teen who spends her high school breaks alone 'cause no one cares if she's alone or not? The girl who gets left behind when people don't need something from her anymore? Who people don't even notice if she's there or not? Who no one ever fell in love for? Who doesn't have a group a friends or even a best friend in her own hometown?

Something had to be wrong with her. Or so she thought.

By chance, she started to go to MJS meetings where she met people from the whole country, new people who she easily became friends with who actually seemed to like her, to care. Who never let her go, even though they were miles away.

So she kept going to those, joined the crew of Forum Estudante magazine, "met" people on twitter and facebook, started to go to concerts and Summer camps... and it was the same old story: all those awesome people she met seemed to genuinely like her, they even cried when they said goodbye to her and did her best to stay in touch with her and were always there for her.

So what was going on? "I'm so bad that only people who just spent a few days with me have patience to put up with me" she thought. "What else can it be? Why other reason would explain how no one around me cares about me?"

And then, after years and years and years of repeating to herself she wasn't good enough, of pointing all of her flaws something finally made sense.
The problem wasn't on the others. She was the one who didn't care about herself and kept bringing her down.
Because after all, no one around her was flawless. There was  something wrong with all of them. But they didn't let the bad things win them over and build a wall between them and the others as she had done.
She was the one who kept working hard to not be noticed. Who stayed in her corner and didn't dare to approach others. Who had never let anyone know her well enough to like or care about her. Who never got close enough to a person so he could fall in love for her. Who stayed too far from everyone to fall in love with someone.

She was the one who chose to kept distance. Who didn't let people in. That way no one could hurt her and then tell her it was her fold anymore.

But it wasn't an easy thing to do. So when she went to those places where no one knew her she felt like she could break the wall and let people knew who she was. A slightly crazy, weird, talkative, goofy, smiling, dreamer, hopeless romantic, vulnerable and very peculiar girl who just wants to be happy. That's the girl all her miles-away-but-close-friends met.
That was the girl people liked and cared about.
And it wasn't because they didn't spent much time with her. It was because she had let them in.

She only had a doubt: was she really that girl? If you asked most of the people who are/were in her class, those probably weren't be the adjectives they'd use to describe her. But all her friends would.

So who was she? The crazy happy girl who wasn't afraid to show it or the one who sits in her corner singing herself to sleep trying to remain unnoticed?

She couldn't tell. Maybe the first one was her real self. She hopes she was because she likes her, she wants to be that girl.

But she had been left behind too many times, she had spent too much time wearing her "invisibility mask" and she had cried too many tears without a shoulder to cry on to believe she could be that happy girl.

"So who's she?", you wonder.

Well, she doesn't know for sure. What I can tell you is that she'll do her best to break the walls around her and be the smiling person she knows how to be, that people like and look up to. She's going to embrace the fact that she isn't just a normal boring person. That though she doesn't realizes it often, she's special. That all of her flaws and craziness make her one of a kind.
And you know what?
It's not because she wants people to like her.
Is because she wants to be happy. No. Because she deserves it.

Resolution for 2014: stop to pretend I'm normal and just be me. Whatever "me" means.