12/02/16

Time to say goodbye


Foi o dia da despedida. O dia em que me caiu a ficha e todos os meus receios me assolaram.
“Car is parked, bags are packed… but what kind of heart doesn’t look back?”
Logo pela manhã, guardei as últimas coisas na mala e carregamos o carro rumo ao Porto. Disse até já ao único lugar onde me sinto em casa.
Á minha espera estava uma mini-festa com decorações e brownies e tudo, e muitas gargalhadas e carinho. Com a bandeira portuguesa, um galo de Barcelos, a minha semente e mensagens fofinhas na carteira, disse até já aos amigos.
Depois foi hora da família. Parecia que cada minuto que passava era subaproveitado, que eram segundos em vez de minutos, e eu sem saber como tirar o melhor proveito de cada um deles. Um jantar de família, um belo arroz de marisco – ai comida portuguesa, que falta me vais fazer – não pareceu suficiente. O tempo continuava a passar depressa de mais. Não queria ter de dar aquele beijo de despedida à mãe ou largar o abraço da minha irmã. Quis chorar com o meu irmão quando os dois percebemos que tinha chegado a hora de partir. Mas esperei até ele adormecer.
“Será que posso adiar o voo?
 O que é que me passou pela cabeça para me sujeitar de bom grado a ficar longe dos meus, do que é meu, do que conheço?
Eu já nem sei porque é que quero ir de Erasmus.
Nem sei se quero.
Quero?”

Não cheguei a responder-me. As lágrimas embalaram-me no sono. 

Sem comentários:

Enviar um comentário