26/06/11

Pontos nos is

Estou cansada desta situação toda. Um diz isto, outro diz aquilo, mas no fundo quem vai ter de lidar com as consequências da minha escolha sou eu. Logo, não me posso deixar manipular pelos outros, seja por um colega qualquer ou pelo presidente da república.
A verdade é que eu estes dias tenho tentado fazer um esforço, mas sábado era suposto ter estudado 3 /4 horas, e estudei 1.30h se tanto. E não imaginam o que me custou estudar esse bocado. Mesmo sabendo que esse estudo vai ajudar-me a melhorar, que vai deixar os que me pedem que estude contentes.
 Se gosto de música? Muito!
 Gosto de viola? Também.
Então porque é que não consigo dedicar-me a isto? Esta foi a resposta mais difícil de descobrir, mas agora sei dizer porquê. Porque isto para mim não é um gosto, mas um sacrifício. Ok, estudar custa a todos mas enquanto aos meus colegas estudar português e matemática, e instrumento não, para mim é exactamente o contrário. Eu prefiro fazer uma PAP por dia que estudar 5 horas viola. Podem pensar “Claro que preferes, se gostas mais, custa-te menos! Mas todos temos que fazer coisas de que não gostamos!”. Sim, é verdade, eu também penso assim. Há que enfrentar tudo, o melhor e o pior. Mas acho que é burrice criar o obstáculo, não? Se puderem ir até ao Algarve pela auto-estrada, vão pela estrada nacional?
Digam-me, para quê tirar um curso que não me realiza para (hipoteticamente) ter mais saídas profissionais? Como a Prof. D. me costuma dizer, eu gosto mas falta “querer”. Falta ser capaz de por a viola à frente de tudo. Adoro música, mas como um passatempo, um hobby, não uma obrigação.
Quero ir pela auto-estrada! Não quero perder 3 anos num percurso acidentado e cheio de buracos. Claro que tenho pena do que fica para trás. Não imaginam o que eu sinto a tocar (bem) em orquestra. O subir ao palco, a atmosfera que se cria ali, o acabar com uma sensação de dever cumprido, os aplausos… É espectacular. Adoro ouvir um “bravo!” da professora Danuta. Mas isto não chega. Porque se eu não consigo estudar 3 horas como vou estudar 5 ou 6? Uma de duas, não consigo e continuo a sentir-me mal, ou consigo mas como teria de abdicar do que gosto (e não me digam que não tinha) para fazer o “sacrifício” de estudar. E por mais que me digam que eu conseguia, que depois tudo ia ficar “cor-de-rosa”, eu é que sei o que sinto, caramba! Não sou uma marioneta que possam manipular!
Na minha opinião (que no fim de contas, é o que realmente importa) o nosso caminho deve ser feito com um sorriso, a fazer algo que nos dá prazer, independentemente de custar muito ou pouco. E o que me dá gosto a mim é escrever. Seja um trabalho teórico sobre um tema aborrecido, ou uma composição de tema livre.
Não se trata de uma escolha perante o caminho mais fácil ou mais difícil, mas sim de escolher o MEU caminho.

1 comentário:

  1. Querida, a única coisa que te posso dizer é... escolhe o que achares melhor para ti, não te deixes influenciar. Nós é que, um dia mais tarde, teremos de enfrentar as consequências das nossas escolhas, não as pessoas que dão os palpites. Força, e segue em frente! :D

    Twikiss bem grande directamente do coração aqui da Ana. :)

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