A verdade é que eu estes dias tenho tentado fazer um esforço, mas sábado era suposto ter estudado 3 /4 horas, e estudei 1.30h se tanto. E não imaginam o que me custou estudar esse bocado. Mesmo sabendo que esse estudo vai ajudar-me a melhorar, que vai deixar os que me pedem que estude contentes.
Se gosto de música? Muito!
Gosto de viola? Também.
Então porque é que não consigo dedicar-me a isto? Esta foi a resposta mais difícil de descobrir, mas agora sei dizer porquê. Porque isto para mim não é um gosto, mas um sacrifício. Ok, estudar custa a todos mas enquanto aos meus colegas estudar português e matemática, e instrumento não, para mim é exactamente o contrário. Eu prefiro fazer uma PAP por dia que estudar 5 horas viola. Podem pensar “Claro que preferes, se gostas mais, custa-te menos! Mas todos temos que fazer coisas de que não gostamos!”. Sim, é verdade, eu também penso assim. Há que enfrentar tudo, o melhor e o pior. Mas acho que é burrice criar o obstáculo, não? Se puderem ir até ao Algarve pela auto-estrada, vão pela estrada nacional?
Digam-me, para quê tirar um curso que não me realiza para (hipoteticamente) ter mais saídas profissionais? Como a Prof. D. me costuma dizer, eu gosto mas falta “querer”. Falta ser capaz de por a viola à frente de tudo. Adoro música, mas como um passatempo, um hobby, não uma obrigação.
Quero ir pela auto-estrada! Não quero perder 3 anos num percurso acidentado e cheio de buracos. Claro que tenho pena do que fica para trás. Não imaginam o que eu sinto a tocar (bem) em orquestra. O subir ao palco, a atmosfera que se cria ali, o acabar com uma sensação de dever cumprido, os aplausos… É espectacular. Adoro ouvir um “bravo!” da professora Danuta. Mas isto não chega. Porque se eu não consigo estudar 3 horas como vou estudar 5 ou 6? Uma de duas, não consigo e continuo a sentir-me mal, ou consigo mas como teria de abdicar do que gosto (e não me digam que não tinha) para fazer o “sacrifício” de estudar. E por mais que me digam que eu conseguia, que depois tudo ia ficar “cor-de-rosa”, eu é que sei o que sinto, caramba! Não sou uma marioneta que possam manipular!
Na minha opinião (que no fim de contas, é o que realmente importa) o nosso caminho deve ser feito com um sorriso, a fazer algo que nos dá prazer, independentemente de custar muito ou pouco. E o que me dá gosto a mim é escrever. Seja um trabalho teórico sobre um tema aborrecido, ou uma composição de tema livre.
Não se trata de uma escolha perante o caminho mais fácil ou mais difícil, mas sim de escolher o MEU caminho.
Querida, a única coisa que te posso dizer é... escolhe o que achares melhor para ti, não te deixes influenciar. Nós é que, um dia mais tarde, teremos de enfrentar as consequências das nossas escolhas, não as pessoas que dão os palpites. Força, e segue em frente! :D
ResponderEliminarTwikiss bem grande directamente do coração aqui da Ana. :)